O bloco Alegria dos Koroas, que se apresentou no coreto da cidade, tocou marchinhas tradicionais de carnaval, possibilitando aos pais que trouxessem os filhos pequenos para curtir a folia |
A abertura oficial do carnaval aconteceu na sexta-feira (08/02), com a noite dos fantasmas, quando diversos foliões se vestem de vampiros, bruxos e outras fantasias fantasmagóricas e seguem animados atrás do grupo mais antigo da cidade: o Grito da Noite. Com o seu samba de bumbo característico, que remete ao período dos escravos, o bloco arrasta todos os anos, milhares de foliões pelas ruas do centro histórico.
No segundo dia, sábado (09/02), a festa continuou bastante animada. O primeiro bloco a sair foi o estreante “Esquenta do Sambão”, que tocou ao longo de todo o seu percurso muito samba de bumbo. E em seguida foi a vez do bloco “Samba Pras Moças”, que também participou pela primeira vez do carnaval parnaibano. Como o próprio nome diz, o bloco composto somente por mulheres animou a festa da cidade cantando marchinhas de carnaval.
No domingo (10/02), os foliões puderam conferir as três escolas de samba da cidade, que desfilaram mesmo em baixo de chuva, não atrapalhando em nada a alegria da festa. A primeira a sair no dia foi a estreante Mocidade de São Luiz, que levou para a rua o tema “Do grito da liberdade nasceu nossa morada, com a benção de São Luís, salve mocidade”, composição de Fernando Barreto. Em seguida, foi a vez do Portal da Amizade apresentar todo o seu esplendor com o samba-enredo “É tempo de Esperança. Homenagem aos nossos valentes guerreiros que tanto lutam pelo Portal da Amizade”, composição de Luciana Breve e Rayssa Breve. E por último, quem fechou a festa do dia foi a Unidos de Parnaíba, com o tema “Unidos pinta o sete”, composto por Fabio Pires, Helio Luiz e Michel.
Segunda-feira as festividades foram abertas pelo bloco Alegria dos Koroas, que fizeram sua apresentação no coreto da Praça, debaixo de muito sol, o que animou mais ainda os foliões. O bloco apresentou marchinhas tradicionais de carnaval, o que possibilitou que muitos pais trouxessem os filhos pequenos para curtir a folia. Mais tarde foi a vez do bloco Briga de Galo, do instituto Sufrutoverdeus, que percorreu as principais ruas do centro histórico, animando a todos os presentes.
A criançada também se divertiu neste carnaval na matinê, que aconteceu no domingo e na terça-feira, na Praça Quatorze de Novembro. Ao longo de todo o período da tarde, as crianças, com diversas fantasias, brincaram e pularam muito.
Para a secretária de Cultura e Turismo Fátima Muro o objetivo do carnaval deste ano foi resgatar as antigas tradições carnavalescas da cidade e promover uma festa mais familiar, em que pessoas de todas as idades pudessem se divertir. “A nossa avaliação foi muito positiva, pois o resultado veio ao encontro de nossas expectativas. Conseguimos fazer um carnaval solidário, para todas as idades. E o principal reforçar o samba de bumbo e resgatar a tradição das marchinhas de carnaval”, disse a secretária. “O carnaval deste ano serviu para termos uma visão do que pode ser melhorado para 2014. E é claro que vai haver mudanças para que possamos realizar uma festa ainda melhor”, completou a secretária.
Infraestrutura
Para garantir o bem estar do folião, a Prefeitura contou com uma ampla estrutura na área da saúde entre os dias 09 e 12 de fevereiro. Uma das ações foi a disponibilização de três ambulâncias para socorrer as pessoas que passassem mal durante o evento. Inclusive, uma delas acompanhou o tempo todo o desfile dos blocos. A Vigilância Sanitária também fiscalizou as barracas da Praça de Alimentação e os comércios em relação à venda de bebidas alcoólicas para menores de idade. A Vigilância Epidemiológica forneceu gratuitamente cerca de 50 mil preservativos ao longo de todo o Carnaval da cidade. A finalidade da ação foi de conscientizar e garantir aos foliões uma diversão segura, sem correr o risco de contrair Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST).
Para garantir a segurança do folião nos cinco dias de Carnaval, a Prefeitura contou com o trabalho da Guarda Municipal Comunitária (GMC), com 140 oficiais, 20 viaturas e seis motos, além 75 policiais militares e de 40 seguranças particulares, contratados especialmente para o evento.
A cidade também foi monitorada por 12 câmeras espalhadas por diversos pontos estratégicos, que cobriram todo o Centro Histórico. A medida propiciou uma vigilância mais intensa, permitindo que o policiamento chegasse ao local assim que algo fugisse da normalidade, como no combate ao tráfico de drogas e brigas. Outra ação eficaz foi o fechamento de todo o entorno do Centro Histórico. Para acessar o local da festa, todos os foliões tiveram de passar por um dos dois portais, colocados nas entradas do Centro Histórico, com detectores de metal.
Texto: Alessandra Oliveira – Mtb 33.655 e Estela Eduardo
Fotos: Márcio Martinelli